sábado, 22 de outubro de 2011

O Brasil como a nova potência ambiental

Com a maturação da democracia no Brasil e a subsequente adoção da política neoliberal nas últimas décadas, tornou-se prioridade que o país assumisse um papel de destaque no cenário internacional. Desde então, vários governos adotaram estratagemas diferentes de modo a cumprir essa determinação, ora aproximando-se de países mais desenvolvidos, ora aproximando-se de países emergentes ou de políticas mais duvidosas em relação aos outros países - especialmente a partir do governo Lula.

Em relação a todos os governos, porém, nota-se a tentativa de transformar o país em um mediador de conflitos que, em geral, nada lhe remetem - o caso mais recente foi o envolvimento com o Irã e a questão nuclear. Mas será que esse é o caminho do país? Torná-lo um país fadado a ser mero coadjuvante em questões mundiais?

É preciso pensar no Brasil como protagonista, como um país que se destaca entre os emergentes e que só tende ao crescimento. Como fazer isso? Pensando no que o Brasil é prepoderante em relação aos outros países: o ambiente. Notando que aqui não há intenção de transformar o país em agricultor ou desindustrializado, mas sim aproveitar um nicho muito pouco explorado por outros países: uma potência ambiental, que faz uso de seus recursos naturais e os associa com tecnologia de ponta e, principalmente, sustentável.

É uma questão de investir no marketing verde, levando em conta a crescente preocupação mundial com fenômenos como o aquecimento global. Assim, o Brasil desponta no cenário internacional não só como mais um país e tentar mediar os conflitos dos grandes, mas como um país que toma a liderança no aspecto da sustentabilidade, comprometido com as causas naturais; ressalta-se o caráter individual de nosso país, promovendo o nacionalismo.

Ter o Brasil como uma potência ambiental não só é benéfico em um cenário externo, mas também no interno. A preservação de floresta (ao invés de desmatá-las sem ter em vista um futuro de solo infértil), por exemplo, faz com que várias famílias dela tirem seu sustento. Há de se ter em vista um quadro de reversão da pobreza e da desigualdade aproveitando-se dos recursos de que o país já dispõe. Com o crescente destaque dado ao Brasil (estimulado também pela Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016), é impensável descartar essa possibilidade de desenvolvimento no interior do país e desenvolvimento também em sua reputação internacional.

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